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domingo, 26 de setembro de 2010

“Hoje fizemos grandes coisas!” (Carlos Heitor Cony)

Hoje, 06 de agosto de 2010, retomo  a escrita desse diário, desse relato. Durante esse período, sem escrever, tivemos algumas aulas, me ausentei da cidade, viajei, por isso não escrevi, estava meio desanimada.
Minha aluna teve nesse período alguns desânimos também, ora ou outra se perguntava se valia a pena continuar as aulas, mas tivemos avanços também.
Em uma de nossas primeiras aulas comentei com ela sobre um livro que tinha acabado de ler “Quase memória”, de Carlos Heitor Cony. Falei do quanto a história era interessante, do como prendeu minha atenção, fiz um breve resumo da história. O tempo passou e um dia desses ela me pediu “quero ler aquele livro, que a senhora estava lendo”. Emprestei o livro, ela leu, disse que com um pouco de dificuldades, meio sem entender tudo que estava lendo, mas disse a ela que a leitura é assim mesmo, as vezes a gente lê, mas não entender tudo, mas que nem por isso deve desistir. Hoje terminamos a leitura juntas. Li para ela as duas últimas folhas. Ao final da leitura ela começou a falar, a contar as impressões dela sobre a história, fazendo paralelos entre a história do livro e nossas histórias de vida, contando detalhes da história lida, saboreando a leitura, degustando esses trechos que tocaram fundo em sua alma.
Ainda comentando sobre o livro, ela relembrou um trecho em que o pai do narrador pega o nariz dele e esfrega no quadro-negro, tentando ensinar algo, que ele não conseguia compreender. Que ela se lembrou do cartão que eu dei para ela, junto com um livro, onde eu falei coisas que ela sentia, que ela precisava ouvir/ler, palavras que a incentivaram a continuar lutando pelo seu sonho de ler, de dominar a leitura e a escrita.
Aproveitei essa vontade enorme dela em falar do livro, solicitei que escrevesse uma resenha (simples). Orientei-a de como começar: nome do livro, autor, editora. Escrever um breve resumo da história e sua apreciação sobre a leitura. Em seguida, após algumas correções no texto, mostrei-lhe duas resenhas de livros na Revista Pátio. Li uma delas, fiz alguns comentários a respeito de como a autora estruturou o texto: os parágrafos, os assuntos.
Vou terminar esse relato desse dia, parafraseando o livro “Quase memória”: “Hoje fizemos grandes coisas!”.

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