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sábado, 29 de janeiro de 2011

Dias raros e avanços abundantes

17/09/2010

Hoje minha aluna chegou animada, e isso para mim é uma vitória. Sentamo-nos para iniciar a aula, ela quis falar. Comentou a respeito do livro que está lendo (Dias Raros), que trouxe para ela da Bienal, que está maravilhada com a história, com a riqueza de detalhes utilizados pelo autor para contar as histórias, que depois vai me emprestar para ler. Também falou que percebeu a própria evolução, que está conseguindo entender o que lê, que percebe que está diferente de outras pessoas que conhece, percebe-se mais centrada, com mais bom senso e visão das coisas, que inclusive sabe em quais momentos falar, calar, o que falar, como falar, onde falar, ou seja, ela adaptar o discurso à situação e ao interlocutor.
Não ouvi mais dela a auto-crítica “Não sei ler. Não sei escrever. Não sei nada!”
Uma das vontades dela, logo que iniciamos esta caminhada, era aprender a usar o computador, tentamos mas ela não se sentia (ainda não se sente) capaz de fazê-lo, porque lia pouco (visão dela), não conseguia digitar, mas mesmo assim propus a ela que abríssemos um blog para ir publicando os textos dela. Ela aceitou! Aproveitamos que já tínhamos aberto uma conta no Google, iniciamos o processo de abertura. Antes expliquei a ela, mostrando no computador, o que é um blog, para o que era usado quando surgiu; o que é um site (mostrei o da Globo.com), as informações que traz, forma de organização, links. Mostrei este site, porque ela já me falou da Ana Maria Braga, de alguns artistas, achei interessante que ela visse, fosse aprendendo a acessar as informações de interesse dela.
Abrimos o blog, que nesse momento foi feito por mim, porque ela não se sentiu à vontade para digitar, que “cataria milho”. Mostrei as funcionalidades e facilidades da ferramenta, onde ela postaria os textos, onde mudaria “a cara” do blog.
Digitei o poema escrito por ela na última aula. Ela ditou, eu digitei. Quando terminamos, ela leu o texto na telinha do PC, mas não ficou contente com a própria leitura, por isso pediu que eu lesse novamente. Quando terminei, ela disse “Nunca pensei que uma história da nossa vida, pudesse virar um texto tão bonito! Não é lindo? Pode imprimir uma cópia para eu levar, guardar e mostrar para o meu filho? Ele vai ficar de boca aberta ao ver meu texto.”
O blog foi batizado de “Reflexões da Jô”, cujo endereço: http://reflexoesdajo.blogspot.com . Por enquanto está simples, mas irá, tenho certeza, sendo melhorado a cada aula, afinal ela já sentiu a necessidade de usar o computador, de ir aprendendo junto com o filho, assim poderá aprender em casa também.
Abaixo uma imagem do blog: