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domingo, 26 de setembro de 2010

Um pouco de Geografia e retomada de repertório vocabular

Ontem, 30/04/2010, tivemos uma aula de duas horas. Ela voltou mais animada, mas não menos insegura, o que me confessou no decorrer da aula, porém trouxe os dois livros de poesia que levou para ler em casa, disse que leu os dois e gostou, porém trouxe um livro de Geografia (utilizado na EJA), com várias páginas marcadas por um clips, com palavras destacadas, grifadas à lápis. Percebi que a ansiedade dela é conhecer mais da Geografia, da História, por isso deixei os livros de poesia de lado, optei por abordar, então, o livro de Geografia.
Antes disso, disse a ela que havia feito uma brincadeira com palavras do dicionário, que iniciaríamos a aula com essa atividade, evitei usar o termo “jogo”, porque há religiões que abominam todo e qualquer jogo.
Disse que faríamos, por ser a primeira vez, de uma forma mais simples, posteriormente iríamos retornar a essa brincadeira, dificultando-a.
Espalhei as palavras (digitadas em papel vergê, com caracteres grandes para facilitar a leitura), explicando que ela ficaria responsável por ler e encontrar entre elas, aquela que corresponderia ao significado lido por mim, que a cada acerto ou erro seria anotada uma pontuação para ela.
Iniciei a atividade pedindo a D. J..., que lesse cada uma das palavras dispostas na mesa, que em seguida dissesse o significado de cada uma, da forma como ela conseguisse, utilizando as palavras dela. Disse também que depois eu retiraria as fichas com os significados de cada palavra, leria, pediria a ela que encontrasse, entre as quase vinte palavras espalhadas na mesa, aquela que correspondesse ao significado lido.
Já na primeira palavra, fiz a leitura, busquei o dicionário para mostrar a ela, que logo nas primeiras páginas desse livro há um glossário com os significados das abreviaturas, que aparecem em cada palavra, como: s.m., s.f., vi, vtd.
Já nesse momento aproveitei para falar a ela sobre o radical das palavras, que quem conhece essa parte da palavra, consegue “adivinhar” o significado de outras que nasceram dessa mesma raiz. Explicando a ela, que assim ela também poderá associar palavras novas a outras do vocabulário dela, para dessa forma conseguir entender o que quer dizer essa nova palavra.
A atividade transcorreu muito bem, pois das dezessete palavras lidas, ela acertou quinze, o que serviu para mostrar a ela, que está aprendendo sim, que além disso ela possui muitos conhecimentos, que serão ampliados a cada aula, a cada leitura.
Após essa atividade passamos para a leitura do livro de Geografia, cujo primeiro capítulo era sobre cartografia. Ela leu a primeira página, que trazia um poema para iniciar a conversa sobre cartografia. Aproveitei a palavra cartografia para retomar o conceito de radical (da palavra). À medida que a leitura avançava, falando de um roteiro de viagem pelo Rio Amazonas e alguns de seus afluentes, citando Estados, eu ia mostrando no mapa, próximo ao texto, para que ela conseguisse relacionar a informação textual à informação iconográfica.
Durante essa leitura, Dona J... demonstrou a necessidade de entender o que seria “zona norte, zona leste”, termos usados pelo pastor da igreja para perguntar onde cada fiel morava, que deixou a todos boquiabertos pelo desconhecimento, uma vez que em Botucatu não é comum se falar dessa forma, diferentemente de São Paulo, onde as pessoas têm esse conhecimento internalizado.
Busquei um grande mapa da cidade de Botucatu, com os bairros, ruas, para mostrar a ela como se localizar na cidade, usando para isso os conhecimentos dos pontos cardeais, que estavam sendo abordados no primeiro capítulo do livro de Geografia.
Mostrei no mapa a ela, mostrei a localização aproximada das diferentes zonas da cidade: norte, sul, leste, oeste; que era uma preocupação dela em saber se localizar na cidade, localizar a própria casa no setor correto (zona).

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