APRESENTAÇÃO PLANO DO BLOG

domingo, 14 de novembro de 2010

Que delícia escrever!

10/09/2010
Hoje minha aluna chegou animada, sorridente, pra cima! Conversou com minha mãe, que veio me visitar, ambas oraram (são evangélicas), conversaram um pouco.
Antes de iniciarmos a aula propriamente dita, me falou que “a Senhora precisa ler o livro que me deu. Como é bonito. Como ele conta a história com “minúcias”. Agora consigo apreciar o que leio, entendo porque tantos detalhes na história. Consigo ver a cena, os acontecimentos.”
Iniciei a aula dizendo a D. J., que faria duas leituras de poemas de Cora Coralina, que um deles traria um desafio para ela.
Li, primeiro, “Ofertas de Aninha” (Oração aos Moços), onde a autora fala, entre outras coisas, da importância de não desistir da luta, de recomeçar sempre, acreditar na vida. Quanto terminei a leitura logo ouvi os comentários “Que lindo! Como ela escreve bem!”  e ainda “Quando escrever meu livro, acho que não saberei usar as palavras assim”. Encerrei esta parte dizendo que esta leitura era para fruição, somente para ouvir e apreciar, mas que a outra que faria em seguida traria o desafio.
Li, em seguida, o poema “Minha cidade”, onde a poetisa fala de sua infância, impressões sobre a cidade de Goiás. Falei para a aluna, que o desafio era escrever um poema, parecido com o texto ouvido, falando também da infância e da cidade dela. Primeiramente pedi que escrevesse, em prosa, tudo que ela lembrava da cidade e de sua infância. Ela escreveu uma folha inteira, mais o verso da folha. Quando começou a escrever parecia que não mais pararia. Li o texto, fiz poucas correções, porque voltaríamos nele, pois o foco da aula era a escrita do poema.
Enquanto ela escrevia, fiz um esquema do poema de Cora, colocando a quantidade de versos e estrofes.
Quando ela terminou de escrever falei sobre texto em prosa e texto em verso, bem como a diferença entre ambos: forma, utilização das palavras.
Mostrei o esquema do poema de Cora, montei também uma ideia do que ela falaria nas estrofes, de acordo com o que estava no texto já escrito em prosa.
A cada estrofe as ideias iam fluindo, as palavras, quando havia algum entrave, ia dando uma ou outra sugestão.
Dona J., ou melhor, a agora autora J. T..., escreveu seu primeiro poema, assinou sua criação, feliz com mais esta conquista! Disse ainda “que delícia escrever!”
Também fiquei feliz com esta minha conquista: ouvir dela essa frase, que mostra que aos poucos os obstáculos estão sendo superados, que a aprendizagem está acontecendo, mais ainda, que está havendo prazer em aprender, prazer em escrever, em poetisar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário