Dia 20 de agosto de 2010
Estive na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, de onde trouxe um livro, Dias raros, de João Anzanello Carrascoza, que entreguei a minha aluna com uma carta. Ela iniciou a leitura, mas no meio as lágrimas afloraram e ela não conseguiu prosseguir, então eu terminei. Ela ficou muito feliz e disse que são coisas como essa, que fazem com que ela não desista!
Falamos um pouco sobre cartas, pois foi o assunto de nossa aula anterior, ela mostrou-me uma outra carta, que havia escrito. Li a carta, comentei alguns erros, corrigi-os, expliquei. Me fixei mais na diferença entre PÔS e POIS, a função das palavras, como usá-las. Sempre comparo o que estou explicando com algo mais palpável, por exemplo, expliquei que as conjunções servem para ligar frases e orações, tal como a farinha em um bolo, que serve para dar “liga”, ou então os elos de uma corrente. Disse que as palavras têm uma função, verbos e conjunções, que tal como um livro e um lápis servem para atividades distintas, assim são as palavras.
Falei que iríamos trabalhar com relato autobiográfico, por isso expliquei a diferença entre biografia e autobiografia. Li um relato de memórias de leituras de uma professora do Prêmio Ser Autor, que nos emocionou muito a ambas, para comentar algumas características deste tipo de texto: uso de primeira pessoa e verbos no passado.
Em seguida, pedi que D. J. escrevesse uma de suas tantas histórias de infância, atentando para escrever usando a primeira pessoa e os verbos no passado. Terminada a escrita, fiz algumas correções: acentuação, ortografia, mas fiquei de explicar cada correção na próxima aula.
Para terminar a aula li um poema de uma aluna de 54 anos, da rede pública estadual, do 3° ano do EM-EJA, cujo poema foi publicado no mesmo livro do Prêmio citado acima. Ela ficou encantada com a beleza do poema, com o uso que fizeram das palavras. Ela disse que agora estava encontrando sua pedra preciosa.
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