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domingo, 14 de novembro de 2010

Leitura: a pedra preciosa

Dia 20 de agosto de 2010
Estive na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, de onde trouxe um livro, Dias raros, de João Anzanello Carrascoza, que entreguei a minha aluna com uma carta. Ela iniciou a leitura, mas no meio as lágrimas afloraram e ela não conseguiu prosseguir, então eu terminei. Ela ficou muito feliz e disse que são coisas como essa, que fazem com que ela não desista!
Falamos um pouco sobre cartas, pois foi o assunto de nossa aula anterior, ela mostrou-me uma outra carta, que havia escrito. Li a carta, comentei alguns erros, corrigi-os, expliquei. Me fixei mais na diferença entre PÔS e POIS, a função das palavras, como usá-las. Sempre comparo o que estou explicando com algo mais palpável, por exemplo, expliquei que as conjunções servem para ligar frases e orações, tal como a farinha em um bolo, que serve para dar “liga”, ou então os elos de uma corrente. Disse que as palavras têm uma função, verbos e conjunções, que tal como um livro e um lápis servem para atividades distintas, assim são as palavras.
Falei que iríamos trabalhar com relato autobiográfico, por isso expliquei a diferença entre biografia e autobiografia. Li um relato de memórias de leituras de uma professora do Prêmio Ser Autor, que nos emocionou muito a ambas, para comentar algumas características deste tipo de texto: uso de primeira pessoa e verbos no passado.
Em seguida, pedi que D. J. escrevesse uma de suas tantas histórias de infância, atentando para escrever usando a primeira pessoa e os verbos no passado. Terminada a escrita, fiz algumas correções: acentuação, ortografia, mas fiquei de explicar cada correção na próxima aula.
Para terminar a aula li um poema de uma aluna de 54 anos, da rede pública estadual, do 3° ano do EM-EJA, cujo poema foi publicado no mesmo livro do Prêmio citado acima. Ela ficou encantada com a beleza do poema, com o uso que fizeram das palavras. Ela disse que agora estava encontrando sua pedra preciosa.

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