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domingo, 14 de novembro de 2010

Eu vou escrever o meu livro!

21/08/2010
Hoje, pouco antes do horário marcado para a aula, minha aluna ligou, muito cansada (havia feito faxina na casa, lavado roupa!), queria desistir da aula, mas perguntou o que eu achava, disse, então, que ela deveria tomar um banho, que ficaria mais animada, assim teria forças para vir para a aula.
Ela veio. Percebi, logo no portão, que mesmo cansada, estava animada. Retomamos o relato autobiográfico, que ela havia escrito ontem. Falei primeiro dos acertos dela: uso de verbos no passado, utilização de expressões como “quanto era criança”. Em seguida falei dos erros de ortografia: “derrepente”, “secasar”, acentuação: “gravida”, retomamos, assim, a regra de acentuação das proparoxítonas. Falei a diferença entre o prefixo “auto” e a palavra “alto”.
Ainda analisando o texto dela, falei que ela encontraria, em textos deste tipo, a utilização de verbos no passado, indicando coisas que aconteceram há muito ou pouco tempo; verbos no presente, indicando fatos que estão acontecendo agora (tempo presente), que o autor faz esse vai-e-vém entre passado e presente durante todo o texto. Quando expliquei isso, em seguida, acendeu-se em sua testa uma luz, ela me disse “No livro da Lya Luft, que estou lendo, acontece isto o tempo todo. No começo eu não estava entendendo, mas agora a senhora explicando desse jeito, percebi porque ela ora fala do presente, ora do passado.” Atrelei a este comentário dela, mais comentários sobre o outro livro que ela leu, do Carlos Heitor Cony.
Para encerrarmos a aula, abri o livro do I Prêmio Ser Autor, abri em uma das páginas que contam histórias (relatos reais) de professores e, fui muito feliz, quando ao acaso parei no texto “Viação Santa Maria”, que conta a história de um jovem, na 8ª série, cuja vida foi transformada pela leitura e pela escrita. Me emocionei, ela emocionou-se muito mais, as lágrimas afloraram, e ela me disse “Que maravilha! Que lindo! D. Maria, eu vou escrever o meu livro!” Eu disse para ela, que sim, com certeza iria escrevê-lo, que eu iria na noite de autógrafos.

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